A cestaria é arte ancestral da freguesia de Gondesende. Com a verga do vime e das salgueiras que se apanhava nos lameiros junto às margens das ribeiras, as mulheres faziam cestos e cestas. Mas antes da confeção dos cestos e cestas, a verga tinha de ser demolhada. Caso pretendessem cestas mais claras, a verga tinha ainda de ser descascada. Os cestos e as cestas eram usados nas atividades agrícolas e domésticas, como na vindima, na apanha da batata e da castanha ou no transporte de produtos da terra. As cestas eram mais pequenas que os cestos e, quando feitas com verga descascada, usadas em casa para fazer a meia ou/e para levar a marmita aos homens que trabalhavam no campo.
Naquele tempo, faziam também pequenas cestas de giesta. Estas cestas eram usadas para recolher a esmola das almas.
Cestas de Giesta
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Cestos e cestas de Vimeiro e Salgueiro
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“Ainda me lembro a minha mãe, Deus a tenha em descanso, vinha a altura das vindimas e das batatas metia sempre uma mulher a fazer cestas e cestos. Quando eu ainda era garotola. Depois mais tarde comecei a fazer eu com a tia Belmira, já idosa e com ela é que aprendi. “ Emília Pires, 87 anos, Portela
“…cortar a verga às salgueiras… aquela salgueira dava aquela verga fininha e grossa. Aquela verga não partia, havia uma qualidade que partia mas a gente não a apanhava. “ Emília Pires, 87 anos, Portela
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